Veja a seguir se o medicamento Aristab engorda, para que serve e para que condições é indicado, além de conhecer os possíveis efeitos colaterais de seu uso.
Aristab (aripiprazol) é um medicamento de uso oral e adulto que pode ser indicado pelo médico para o tratamento da esquizofrenia e do transtorno bipolar do tipo I, assim como terapia complementar para o tratamento agudo de episódios de mania ou mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I.
A comercialização do remédio é permitida somente com a apresentação da prescrição médica.
Caso este seja seu objetivo, aproveite e confira alguns remédios para engordar rápido. Se for justamente o contrário, vejo algumas opções de remédio para emagrecer natural mais usadas.
Será que Aristab engorda?
Já vimos para que serve o medicamento, mas você já ouviu falar que o Aristab engorda? Será que isso realmente pode acontecer?
Para tentarmos descobrir isso, consultamos a bula do remédio, e conforme o documento, é possível dizer que Aristab engorda ou pode estimular o ganho de peso em alguns casos.
Isso porque o aumento de peso é uma das reações sob investigação que podem aparecer durante a terapia aguda (até seis semanas) em pacientes tratados com aripiprazol em terapia adjuntiva e lítio ou valproato.
O documento também citou estudos que identificaram certa elevação do peso em pacientes com esquizofrenia ou mania que seguiam um tratamento com o medicamento.
Além disso, a bula relata que o aumento do apetite, fator intimamente associado a um ganho de peso, foi um dos efeitos colaterais raros do remédio relatados voluntariamente por uma população de tamanho indeterminado durante o uso após a aprovação do medicamento, em que nem sempre é possível estabelecer uma relação causal com a exposição à droga.
Vale a pena registrar ainda que um comportamento compulsivo, possivelmente relacionado à alimentação, foi apontado como outra dessas reações raras do mesmo grupo de efeitos mencionados no parágrafo anterior.
Por outro lado, a redução de peso também apareceu como um possível efeito colateral de Aristab – o sintoma é classificado pela bula como uma reação comum (que atinge entre 1% e 10% dos pacientes) sob investigação.
O apetite reduzido (ou falta de apetite) é outro efeito associado ao emagrecimento que é apresentado pela bula do remédio como uma possível reação adversa que pode ser provocada pelo remédio. Segundo o documento, a sua frequência também é comum.
A bula do medicamento adverte ainda que Aristab pode causar a anorexia, um distúrbio alimentar caracterizado pela distorção da imagem, em que a pessoa costuma ficar muito magra. A reação também é classificada pelo documento como comum.
Ou seja, o remédio pode tanto estimular o aumento como a diminuição do peso. Para quem perceber que o seu tratamento com Aristab engorda ou emagrece, a única saída segura é consultar o médico para saber o que deve fazer, caso isso represente um problema.
E nada de tomar o medicamento sem precisar em uma tentativa maluca de emagrecer. Além da automedicação ser uma atitude extremamente perigosa, o que temos aqui é um remédio que passa longe de ser inofensivo pois pode provocar uma série de efeitos colaterais graves como suicídio e ideações homicidas, como veremos abaixo.
Efeitos colaterais de Aristab
De acordo com a bula do remédio, ele pode provocar os seguintes efeitos colaterais:
Reações adversas comumente observadas em pacientes com esquizofrenia:
- Acatisia (transtorno do movimento caracterizado pela sensação de inquietude interna, irritabilidade, desassossego ou incapacidade de ficar parado).
Reações adversas relativas à dose em pacientes com esquizofrenia:
- Sonolências (com 30 mg).
Reações adversas comumente observadas na monoterapia da mania bipolar:
- Acatisia;
- Sedação;
- Inquietação;
- Tremores;
- Distúrbio extrapiramidal – os sintomas extrapiramidais surgem quando o sistema extrapiramidal, área do cérebro responsável pela coordenação dos movimentos, é afetada gerando movimentos involuntários.
Reações adversas menos comuns durante a terapia aguda (até seis semanas em esquizofrenia e até três semanas em mania bipolar):
- Visão embaçada;
- Náusea;
- Prisão de ventre;
- Vômito;
- Dispepsia (indigestão);
- Boca seca;
- Dor de dente;
- Desconforto abdominal;
- Desconforto estomacal;
- Fadiga;
- Dor;
- Rigidez musculoesquelética (imobilidade dos músculos);
- Dor nas extremidades;
- Mialgia (dor muscular);
- Espasmos musculares (contrações musculares involuntárias);
- Cefaleia;
- Vertigem (sensação de perda de equilíbrio);
- Acatisia;
- Sedação;
- Distúrbio extrapiramidal;
- Tremores;
- Sonolência;
- Agitação;
- Insônia;
- Ansiedade;
- Inquietação;
- Dor faringolaríngea (dor nas regiões da faringe e laringe);
- Tosse.
Reações adversas comumente observadas do aripiprazol em terapia associada ou lítio ou valproato em pacientes com mania bipolar:
- Acatisia;
- Insônia;
- Distúrbio extrapiramidal.
Reações adversas menos comuns durante a terapia aguda (até seis semanas) em pacientes tratados com aripiprazol em terapia associada ao lítio ou valproato:
- Náusea;
- Vômito;
- Hipersecreção salivar;
- Boca seca;
- Nasofaringite;
- Acatisia;
- Tremores;
- Distúrbio extrapiramidal;
- Vertigem;
- Sedação;
- Insônia;
- Ansiedade;
- Inquietação.
Outras reações possíveis
Reações comuns – ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes
- Astenia (fraqueza);
- Edema periférico (inchaço nos membros inferiores);
- Dor no peito;
- Pirexia (febre);
- Irritabilidade;
- Queda;
- Creatinofosfoquinase elevada;
- Coordenação anormal;
- Discinesia (dificuldade nos movimentos voluntários);
- Ideação suicida;
- Congestão nasal;
- Dispneia (falta de ar);
- Pneumonia por aspiração;
- Rash ou erupção (incluindo rash eritematoso, esfoliativo, generalizado, macular, maculopapular, papular; dermatite acneiforme, alérgica, de contato, esfoliativa, seborreica, neurodermatite e erupção medicamentosa);
- Hiperidrose (transpiração anormalmente aumentada);
- Hipertensão (aumento da pressão arterial).
Reações incomuns – ocorrem entre 0,1% e 1% dos pacientes:
- Leucopenia (contagem de leucócitos abaixo da normalidade);
- Neutropenia (contagem de neutrófilos ou glóbulos brancos abaixo da normalidade);
- Trombocitopenia (contagem de plaquetas no sangue abaixo da normalidade);
- Bradicardia (frequência cardíaca baixa);
- Palpitações;
- Insuficiência cardiopulmonar;
- Infarto do miocárdio;
- Parada cardiorrespiratória;
- Bloqueio atrioventricular (dificuldade ou impossibilidade de condução dos estímulos dos átrios para os ventrículos);
- Extrassístoles (batimentos cardíacos extras anormais);
- Taquicardia sinusal (frequência cardíaca sinusal anormal);
- Fibrilação atrial (ritmo de batimento rápido e irregular dos átrios do coração);
- Angina pectoris (tipo de dor no peito causada pela redução do fluxo sanguíneo para o coração);
- Isquemia miocárdica (diminuição ou suspensão da irrigação sanguínea do miocárdio);
- Fotofobia (sensibilidade excessiva à luz);
- Diplopia (visão dupla);
- Edema na pálpebra;
- Fotopsia (visão de traços luminosos não existentes);
- Diarreia;
- Doença do refluxo gastroesofágico;
- Língua inchada;
- Esofagite;
- Edema facial;
- Angioedema (inchaço em camadas profundas da pele)
- Sede;
- Automutilação;
- Enzima hepática elevada;
- Glicose sérica elevada;
- Prolactina sérica elevada;
- Ureia sérica elevada;
- Prolongamento do QT no eletrocardiograma;
- Creatinina sérica elevada;
- Bilirrubina sérica elevada;
- Hiperlipidemia (concentração elevada de lipídeos no sangue);
- Diabetes mellitus (incluindo insulina sérica elevada, tolerância a carboidratos reduzida, diabetes mellitus não dependente de insulina, tolerância à glicose prejudicada, glicosúria – glicose na urina – e hiperglicemia – aumento da glicose no sangue);
- Hipocalemia (diminuição do potássio no sangue);
- Hiponatremia (diminuição do sódio no sangue);
- Hipoglicemia (diminuição da glicose no sangue);
- Polidipsia (sede excessiva);
- Rigidez muscular;
- Fraqueza muscular;
- Compressão muscular (pressão muscular);
- Mobilidade reduzida;
- Distúrbio na fala;
- Parkinsonismo;
- Comprometimento da memória;
- Rigidez de roda dentada;
- Acidente vascular cerebral;
- Hipocinesia (lentificação de movimentos involuntários);
- Discinesia tardia (movimentos repetitivos involuntários);
- Hipotonia (diminuição do tônus muscular);
- Mioclonia (contração muscular brusca, involuntária e de brevíssima duração);
- Hipertonia (aumento anormal do tônus muscular);
- Acinesia (perda completa dos movimentos involuntários);
- Bradicinesia (movimentos lentos ou retardados);
- Agressividade;
- Perda da libido;
- Tentativa de suicídio;
- Hostilidade (agressividade);
- Libido elevada (desejo ou impulso sexual elevado);
- Raiva;
- Anorgasmia (inibição recorrente ou persistente do orgasmo);
- Delírios;
- Suicídio concluído;
- Tique,
- Ideação homicida;
- Retenção urinária;
- Poliúria (aumento do volume de urina);
- Noctúria (eliminação excessiva de urina durante a noite);
- Menstruação irregular;
- Disfunção erétil;
- Amenorreia (ausência de menstruação);
- Prurido (coceira);
- Reação fotossensível;
- Alopecia (queda dos cabelos);
- Urticária (erupção ou lesão na pele que provoca manchas ou placas vermelhas);
- Hipotensão (pressão arterial baixa).
Reações raras – ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes:
- Flutter atrial (contração em frequência muito rápida do átrio)
- Taquicardia (frequência cardíaca anormal) supraventricular;
- Taquicardia ventricular;
- Pancreatite;
- Hipotermia (temperatura corporal abaixo do normal);
- Hepatite;
- Icterícia (coloração amarelada na pele e mucosas);
- Insolação;
- Lactato desidrogenase sérico elevado;
- Hemoglobina glicosilada elevada;
- Gama glutamil transferase elevada;
- Cetoacidose diabética (acúmulo de certos ácidos no organismo);
- Rabdomiólise (destruição muscular);
- Convulsão de grande mal;
- Coreoatetose (associação de movimentos involuntários);
- Catatonia (perturbação psicomotora que pode envolver sintomas como imobilidade, movimentos rápidos, ausência de fala ou outro tipo comportamento incomum);
- Sonambulismo;
- Ginecomastia (crescimento das mamas nos homens);
- Priapismo (ereção persistente).
Reações sem frequência informada:
- Distonia, em indivíduos susceptíveis durante os primeiros dias de tratamento. Os sintomas incluem: espasmos nos músculos do pescoço, algumas vezes progredindo para compressão da garganta, dificuldade em engolir, dificuldade em respirar e/ou protrusão da língua. Embora estes sintomas possam ocorrer em doses baixas, eles ocorrem mais frequentemente e com maior gravidade sob concentrações maiores e doses mais altas de drogas antipsicóticas de primeira geração. Um risco elevado de distonia aguda é observado em grupos de homens e indivíduos mais jovens.
Reações raras relatadas voluntariamente por uma população de tamanho indeterminado, sem a possibilidade de estabelecer uma relação causal com a exposição à droga:
- Reação alérgica (reação anafilática,
- angioedema, laringoespasmo, prurido/uticária ou espasmo orofaríngeo);
- Gripe;
- Crise oculogírica (movimentos involuntários dos olhos);
- Dor testicular;
- Depressão;
- Dor esofágica;
- Tendinite;
- Arrepios;
- Perturbação afetiva;
- Mal-estar;
- Doença de Parkinson;
- Leucocitose (aumento da contagem de leucócitos no sangue);
- Disgeusia (alteração do paladar);
- Eructação (arrotos);
- Irritação na garganta;
- Comportamento anormal;
- Tromboembolismo venoso;
- Oscilação da glicose sérica;
- Comportamentos compulsivos (relacionados a jogos, compras e sexo).
Ao experimentar qualquer um desses efeitos colaterais ou qualquer outro tipo de reação adversa, procure imediatamente a ajuda médica, mesmo que o sintoma em questão não aparente ser grave.
Isso é fundamental para conferir qual é a real seriedade do problema, receber o tratamento adequado e saber como deve proceder em relação à continuidade do tratamento.
Não abandone o tratamento com Aristab sem consultar o médico porque isso pode ser perigoso para a sua saúde. O ideal é que a descontinuação do remédio seja feita conforme as orientações e os cuidados recomendados pelo profissional.
Contraindicações e cuidados com Aristab
O remédio não pode ser utilizado por:
- Pessoas com hipersensibilidade (alergia) ao aripiprazol, que é a substância ativa do medicamento, ou a qualquer outro componente da sua fórmula;
- Pacientes idosos com psicose associada à demência;
- Mulheres que amamentam;
- Crianças.
Aristab deve ser utilizado com cautela em:
- Indivíduos com doença cardiovascular conhecida – histórico de infarto do miocárdio ou doença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca ou anormalidades da condução;
- Pacientes com doença cerebrovascular ou condições que poderiam predispor à hipotensão (desidratação, hipovolemia – diminuição anormal do volume sanguíneo);
- Pessoas que seguem tratamento com medicamentos anti-hipertensivos;
- Indivíduos com histórico de convulsão;
- Pacientes com risco de pneumonia por aspiração;
- Gestantes – Aristab pode ser utilizado durante a gravidez apenas se os benefícios potenciais esperados compensarem o possível risco ao feto (o que deve ser avaliado pelo médico) e as mulheres devem informar ao médico se engravidarem ou se pretendem engravidar durante o tratamento com aripiprazol.
Além disso, quem tem diabetes ou fatores de risco para a doença (obesidade, histórico familiar da condição) que seguem tratamento com Aristab precisam ser monitorados e submetidos a testes, pois já houve relatos, embora raros, de hiperglicemia (níveis elevados de açúcar no sangue) pelo uso do remédio.
No caso de pessoas com fatores de risco para o tromboembolismo, o médico deverá avaliar os riscos de desenvolvimento de tromboembolismo venoso antes e durante o tratamento com o medicamento.
Da mesma forma, o médico deverá avaliar o risco de quedas ao iniciar e durante o tratamento com Aristab, já que existe o risco do remédio facilitar a ocorrência de quedas e, consequentemente, fraturas e outras lesões.
Se o usuário tiver alto risco para pensamentos suicidas ou suicídio, ele deverá ser cuidadosamente supervisionado durante o tempo em que usar o medicamento.
Ao longo do tratamento, os pacientes com neutropenia (contagem de neutrófilos ou glóbulos brancos abaixo da normalidade) devem ser monitorados quanto à febre ou outros sinais ou sintomas de infecção e tratados imediatamente, se tais sintomas ou sinais ocorrerem, já que uma neutropenia grave requer a descontinuação do remédio.
Como Aristab pode comprometer a habilidade e atenção, quem usa o medicamento não deve dirigir veículos ou operar máquinas. Também não se deve ingerir álcool durante o tratamento com o remédio.
Antes de começar a terapia com o medicamento, o paciente deve informar ao médico a respeito de qualquer outro remédio, suplemento ou planta que use para checar se não pode ser perigoso utilizar a substância em questão ao mesmo tempo em que toma Aristab.
É aconselhável ainda informar ao médico que usa Aristab quando ele solicitar a realização de algum tipo de exame.
Fontes e Referências Adicionais:
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2671949/
- https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4610784/
- https://bmcpsychiatry.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12888-019-2103-x
- https://medlineplus.gov/druginfo/meds/a603012.html
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